Água: Fonte de Vida

   

Rio Douro

        Rio de portugueses e de uma região que com eles se confunde, o Douro é, no entanto, mais espanhol do que lusitano. A sua bacia hidrográfica é uma das maiores da Península Ibérica, mas só um terço se situa em Portugal.

       Nem sempre é um rio de curso plácido. Nasce a 1600m de altitude, nos montes Cantábricos. Atravessa Castela, num percurso que alterna a calmaria com os momentos de quase fúria, recebendo afluentes pelo caminho. São mais de cinquenta, só em Espanha.

       A água era muita e precisava de ser domada. As barragens vieram pôr ordem nesta loucura e tornaram-no navegável em quase toda a sua extensão. No total há cinco barragens no chamado Douro Internacional: Miranda do Douro (1960), Picote (1958) e Bemposta (1964), em Portugal, e Aldeadávila e Saucelle, em Espanha. Seguem-se, já no curso Português, Pocinho (1983), Valeira (1976), Régua (1973), Carrapatelo (1971) e Crestuma-Lever (1985), todas com eclusas.

       Com a navegabilidade veio o turismo. Os cruzeiros permitem agora tomar contacto com trechos do vale que eram antes exclusivo do caminho-de-ferro. De início ficavam-se as viagens pelo percurso do Porto à Régua, com regresso de comboio. Hoje já é possível efectuar uma viagem de uma semana, até Barca de Alva.

      A navegabilidade do Douro foi sempre uma questão de grande importância, sobretudo por razões económicas. Havia necessidade de transportar o vinho para Gaia e, daí, surgiu uma embarcação única, o rabelo, especialmente adaptada a este rio acidentado, cheio de rápidos e meandros.

      O Douro assume uma dimensão quase operática com a festa das vindimas. A tarefa das colheitas transforma-se na celebração de um ritual a que não falta o suor e, muitas vezes, o sangue. Como as novas tecnologias ainda não afogaram por completo os métodos tradicionais, a acção é transposta para o interior das quintas. Com cânticos, braços em roda e pernas ritmadas, aí estão as pisas. São já raras, mas ainda constituem um sinal de identidade deste Douro tão diferente.

       À medida que o barco se aproxima da Ribeira do Porto, avistam-se os nomes das casas do vinho do Porto, todas localizadas na margem esquerda, de frente para a Ribeira. Apetece pensar na singularidade desta situação: um vinho que se chamo do Porto é produzido lá em cima, no Alto Douro e sai para o mundo a partir das caves de Gaia. Poderosas razões históricas e geográficas determinaram esta aparente contradição. Os homens do vinho preferiram construir os armazéns naquela zona mais batida pelos ventos frescos do Noroeste, à sombra da encosta e deixaram a ensolarada zona da Ribeira para os mercadores, atarefados com o que chegava do rio ou do mar.

Curiosidades sobre o Douro: 

Nascente: Serra de Urbion ( Espanha )

Foz: Porto

Extensão: 927 Km ( um terço em Portugal )

Bacia Hidrográfica: 99000Km2 ( 19000Km2 em Portugal )

Afluentes: Sabor, Tua, Pinhão, Corgo, Tâmega, Sousa (margem direita) e Águeda, Côa, Teja, Torto, Távora, Paiva, Arda (margem esquerda).

Caudal: 900m3/s (na foz)

Declive: 0,05%

 

          

 

 

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